segunda-feira, abril 04, 2005

o nó

Enrolar o cabelo num ritual refinado de lânguidos movimentos circulares que convergem na elaboração de um pequeno nó. O prazer culmina no instante preciso da concisa dissolução do nó, despoletar de êxtase onde preponderante algo de mais excitante, explode a nua tensão num despejo fluido de um acontece e o Universo resplandece em toda a sua densa congruência unitária. Ambivalência binária de dualismo assumido, reflexão redundante de tanto tempo perdido, o nó compõe o todo como componente integrante da globalidade pensada e sem ele nada faria sentido.

2 comentários:

Raquel Vasconcelos disse...

Nunca mais farei um nó sem pensar bem no assunto...

celofane disse...

o nó tem muito que se lhe diga...:)