quinta-feira, maio 12, 2005

renovação

Uma nova Era emerge após passada eternidade. A Era da morna amenidade da brisa que sopra do norte, da paz densa inspirada de frágil fragrância a princesa do bosque, humilde riqueza de Vida fervilhada em camponesa favorecida por florescidas bastas formas formadas em dias sem pressa por sossego de embalo, cadência campestre dos campos de terra arejada irrigada por água escorrida de calha roubada do rio o fio de caudal, cobiçado pela secura que sufoca a manta de terra de solo ressequido ávido de fluido, o solo sulcado por calos de pesada enxada tombada, rasgada a camada seca de poeira assente em calma aparente. Ao Sol radiante reluz a pele do lagarto que torra o dorso em muro escaldado de pedra à mão empilhada. O tempo pára
e descansa à sombra do chaparro fuma um cigarro e deleita-se no torpor envolvente de um todo ausente. Presentes apenas insectos tacteadores e os calores da envolvência de um universo amado.

6 comentários:

agua_quente disse...

Essa era de morna amenidade corresponde a mais um ciclo na natureza. O tempo pára e descansa e a nós apetece-nos fazer o mesmo. Beijos

Patrícia Evans disse...

olá!!
gostei muito, lembrei-me das férias de pequenina...

gato_escaldado disse...

telúrico. gostei. muito. beijo

Estrela do mar disse...

...logo que comecei aos pouquinhos a comentar alguns blogs...senti uma enorme vontade de continuar com o meu...e assim fiz...mas hei-de voltar com mais calma...

Um beijinho*.

Amita disse...

Agradeço a tua visita e a possibilidade que me deste de encontrar tão belas letras na forma peculiar de escrever. Parabéns. Adorei conhecer-te. Neste momento ando a publicar poemas de conceituados autores; os meus vagueiam por outros lados. Talvez mais tarde os coloque lá, tanto no Sapo como no Blogspot. Um bjo e continuação de um bom Domingo.

Amita disse...

Olá. Vim novamente para te dizer que te linkei no Blogspot. Podes também encontrar-me no //brancoepreto.blogs.sapo.pt. Bjo