terça-feira, março 17, 2009

sonhos

O sonho acabou. Estrelas ardentes cadentes estatelam-se na poça encharcam-se e esfumam-se em poeira cósmica que assenta calma e serena com o lento passar dos anos. Paira no ar o silencio mudo do deslumbrar espectante pós cataclísmico. A catástrofe da perda perdida a preciosa pretendida imutabilidade da constância das afectividades. Inevitável persistência corrosiva da irreversibilidade dos actos passados pesados arrastados por sinuosos caminhos esburacados pela cadência dos passos apressados passados séculos. Esmagadora pressão biológica que nos força ao destino, não há fuga à estrutura mental entranhada que cospe emaranhados de pensamentos caóticos fragmentados em memórias fugidias. Ignóbil forma de estar na dolorosa ausência tua fechado face a portas escancaradas apelativamente luzidias que convidam à doce perdição da entrega total. E o tempo passa locomotiva mecânicamente movimentada a suor. Atrasado o trôpego atropelado vê clareza em seguir direcção determinada por acasos do destino que mostraram a visão de longo prazo que em urgência lhe sugere para a tentar acompanhar correndo lado a lado até ao ponto em que converge o infinito.

4 comentários:

O Meu Outro Eu Está a Dançar disse...

ó pixi está lindo
e é intergalacticamente meu :)

CHIQUITA disse...

ever tried.
ever failed.
no matter.
try again.
fail again.
fail better.

Carolina disse...

Não podia ser dito de outra maneira! Como eu gostava de escrever assim!!

**

Unknown disse...

Está... Maravilhoso!
Obrigada!