sábado, abril 02, 2005

colapso

Eis que um dia o desabar inevitável de uma estrutura interna imperfeita ribomba pelos desfiladeiros estéreis de um deserto perdido nas dunas. Rasteja na poça de uma sargeta imunda a outrora brilhante forma, dos tempos esquecidos da ascenção, quando o amor transbordava dos homens e enchia barragens de felicidade. Agora o núcleo interno de um cerne formado em fecho cerrado colapsa sob o peso do próprio vazio, o nada imiscui-se nas finas reentrâncias de entranhas mentais microfracturadas vazadas de um propósito maior, e o vácuo, esse, insinua-se em amável subtileza e convida a beleza da presença de uma ausência para tomar chá.

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