quarta-feira, maio 27, 2009

ambiguidade

Total ambiguidade a tua
Que te espreguiças em deleite
Criticas a inércia aceite
Por quem dela sua a faz

Pois ela não mais traz
Que o reflexo de um mal maior
Contrariado a custo de suor
Do corpo que jaz
Na Terra mítica

A atracção gravítica
Em sua prepotente altivez preponderante
Atraca na Terra mítica
A contida dinamica libertadora

Livres se fizermos tudo
O que pudermos
Para que tudo corra
Da melhor forma possível

O impossível
É viver leve
Se fizermos
Absolutamente
Nada


(...) no centro dela a certeza de que se pode pender para qualquer um dos lados. Por um lado fica-se sem saber muito bem qual o sentido da frase (...)

terça-feira, março 17, 2009

sonhos

O sonho acabou. Estrelas ardentes cadentes estatelam-se na poça encharcam-se e esfumam-se em poeira cósmica que assenta calma e serena com o lento passar dos anos. Paira no ar o silencio mudo do deslumbrar espectante pós cataclísmico. A catástrofe da perda perdida a preciosa pretendida imutabilidade da constância das afectividades. Inevitável persistência corrosiva da irreversibilidade dos actos passados pesados arrastados por sinuosos caminhos esburacados pela cadência dos passos apressados passados séculos. Esmagadora pressão biológica que nos força ao destino, não há fuga à estrutura mental entranhada que cospe emaranhados de pensamentos caóticos fragmentados em memórias fugidias. Ignóbil forma de estar na dolorosa ausência tua fechado face a portas escancaradas apelativamente luzidias que convidam à doce perdição da entrega total. E o tempo passa locomotiva mecânicamente movimentada a suor. Atrasado o trôpego atropelado vê clareza em seguir direcção determinada por acasos do destino que mostraram a visão de longo prazo que em urgência lhe sugere para a tentar acompanhar correndo lado a lado até ao ponto em que converge o infinito.