Requebra na testa o encanto fugaz de sua passagem nítida desfocado perifericamente todo o espaço que não ocupa, banham-se os lábios no luxo da sua fragância tangível, trinca-se no ar a densidade poderosa de quem borrifa de espuma em carícia de pluma a face de quem a fita: réplicas ondulatórias do impacto surdo da sua chegada ecoam por entre as pernas tremelicantes fraquejadas no estalo da aparição em que nem se viu a mão só a perda de presença do tempo que corre e escorre até que morre nos braços do espaço, não adianta o que digo ou faço, tamanha façanha que fosse seria tacanha prendada no altar da base rente ao pé do pedestal onde se encontra a incognoscível entidade pura segura em sua pose possante de princesa altiva, furtiva lebre campestre esquivada da quase agarrada pata felpuda, saltita e o coração imita em seu palpitar cadenciado o ritmo respiratório fervente de tamanha energia condensada em corpo exaltado de escaldante mulher de mente linda que finda a resistência quebradiça de quem ousa. A porta à muito fechada dobra a custo empenada dobradiça ferrugenta prévia ao óleo da sua chegada que esconde o momento impossível do seu toque inatingível pela potencial volatilidade da calma que ainda não paira .
7 comentários:
um turbilhão de imagens...
Fiquem sem folgo ao ler este post! Esses pontos finais ou reticências...ou será que é mesmo p ficar sem folgo? Grd abraço.
Não é "fiquem", mas sim "fiquei"! Erro ao escrever, sorry! :P
Concordo com "polegar".
E esta capacacidade aplicada a um conto? Que tal?
Deuses, Sande! Vejo este artigo como um conto em quebranto deitado de memórias e mensagens em cadência onde o presente também é passado. Ler-te não é tempo perdido, é achado. Obrigado por isso. Bjos
gostei. palavras em vórtice. com sentido. abraços
Lê-se de um fôlego e depois relê-se devagar, à procura do sentido, do "nosso" sentido, claro...
Beijos
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